Posso te chamar de Deus? Não sei
se você está ocupado, mas preciso tanto falar com você. Preciso tanto de alguns
conselhos teus,
Sabe de vez em quando a vida bate
forte na gente, é como um soco na boca do estômago, ou qualquer outro desses acidentes
da vida,
Mas dói, dói muito, dói pra
caramba, só que é uma dorzinha invisível aos olhos, dói a alma, se é que alma
sente dor, entende?
Eu acredito, em você, Deus, você
tem sido tão generoso comigo e para com os meus. Eu creio e muito, no senhor,
Mas será que você não teria aí a
receita para as nossas dores invisíveis, para as nossas saudades incuráveis?
Não quero lhe aborrecer muito,
mas você pode me responder uma simples pergunta? Sim, filho!
Quando é que Deus aparece para
gente? Se nas horas em que mais precisamos dele ele para estar distante,
ausente?
Filho, eu apareço sempre diante
das tuas fraquezas, para te fazer forte. Eu estou presente diante da tua dor,
para te dar e fazer amor.
Eu estou sempre pronto a te
ouvir, quando de joelhos, você chama e clama por mim. Eu estou presente em cada
sorriso, que te faz feliz.
Eu sou discreto, você jamais vai
me ver, eu não tenho rosto, eu sou a música, canção que te faz refletir,
Sou aquela voz sussurrando
baixinho no ouvido: É hora de se reconciliar com você mesma, com a vida.
Sou aquela voz que grita
silenciosamente: Acorda é mais um dia e mais uma oportunidade de viver, vai sem
medo.
Sou aquela voz que te fala: É
difícil, eu sei, mas não é impossível, não desista, resista, persista, segue em
frente e enfrente a vida de frente.
Mas Deus, o senhor é tão bondoso,
porque a gente tem que sofrer de vez em quando? Filho, eu não disse que seria
fácil, as dores servem para te mostrar que você é mortal,
Mas tudo nessa vida passa, eu
passei, você também vai passar. Eu carreguei a cruz por você e não te daria um
peso maior do que o que você pode suportar.
Eu jamais te abandonei, nem vou
te abandonar, acredite, nos momentos em que você mais precisou,
Seu estive ao teu lado, remando
diante das tempestades da vida, enxugando as tuas lagrimas e trazendo paz e
calmaria a esse teu mar interior.
E eu sempre vou estar ao teu lado
diante desse deserto de tentações e provações da vida, por onde quer que você
ande.
Eu sou humildemente o teu servo,
meu filho, não sou orgulhoso, nem ostento riquezas, a minha maior riqueza que
possuo é a fé que depositei em você.
Ei, Deus, você é o cara. Obrigado
por me ouvir!
Leandro M. Cortes