quinta-feira, 2 de julho de 2015

O que liquida o amor...


O que liquida o amor, não são as brigas, nem as discussões, mas as expectativas sufocadas, as promessas não cumpridas e os sonhos afanados.
É a projeção que não se cumpre, a meta que não se alcança e o orgasmo que nunca chega. É a frustração do quase deu certo.
O que acaba com o amor, não são sufocamentos, nem pressões, mas o medo de decepcionar o outro. 
O que mata o amor, não é amor demais, nem de menos, mas a ausência dele em momentos cruciais, na hora H.
O amor como uma instituição a dois, deve ser trabalhado, praticado, doutrinado, diariamente sem desculpas, sem o “agora não”, “depois", ou o tradicional “mais tarde”.
O que tira o prazer do amor, não são os afastamentos, mas a rotina, o arroz com feijão de sempre.
A falta de fantasias, brincadeiras, piqueniques, a inocência, aquele como se fosse a primeira vez entre principiantes.
O amor se torna grande, gigante não pelo tamanho, mas pela intensidade e maestria com que se vive a sua nudez.
Definitivamente o que enterra o amor é a falta de amor, a abstinência, as greves, os regimes forçados.
Mas sim, o egoísmo desmedido em não se doar naquela hora. Depois? Depois a vontade passa, a adrenalina baixa e ficamos alguns centímetros longe um do outro!

Leandro M. Cortes