terça-feira, 4 de agosto de 2015

O coração é terra de ninguém


O coração é terra de ninguém
O coração é terra de ninguém. Não há certezas absolutas, nem garantias estendidas quando se arrenda o coração do outro.
Porque dono você jamais será. Não há contratos, nem assinaturas, nem um anel no dedo que irá fazê-lo teu para todo o sempre.
O coração não segue regras. Não adianta insistir em reter, ou prendê-lo internamente, nem mandar e nem asfixiar. O amor não é regido por uma ditadura.
Aliás, vive-se em um mundo globalizado e capitalista, onde impera a democracia. O coração é livre. Faça-o livre. Sem amarras.
Não há submissão no amor. Ame sem excessos, sem egoísmo, sem o querer desmedido. Sem aprisionar o outro.
O amor por obrigação acaba matando o prazer, o desejo, à vontade e os torna em melhores amigos, satisfazendo suas carências.
Antes a solidão. A solidão é fiel. A solidão é solidária. A solidão é leal. A solidão é companheira. A solidão é a parceira de todas as horas.
Não ceda a tentação de apropriar-se indebitamente do corpo do outro. Você pode ter o controle de suas ações.
Mas nunca, jamais, irá mandar no seu coração, nem possuir seus pensamentos, nem sua alma. Irá possui apenas a metade do todo.
Amor que não é valorizado se deprecia. Amor não se impõe. Amor nasce naturalmente. Simplesmente acontece.
Amor armado, implorado dura uma noite, uma semana, um mês, mas tem seus dias contados. Está fadado a acabar.
Não ame a simples ideia de estar amando, ou porque é prazeroso, ou te faz sentir melhor. Ame o amor, por tudo de bom que ele desperta interiormente.
No amor, não há metades. Ou é tudo. Ou é nada! Sem meios termos. Seja leal consigo e com o amor. Apenas seja!
Leandro M. Cortes