segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ano que vem?



Ano que vem?

É segunda-feira, logo já é quarta e vem a sexta. Já é agosto logo, dezembro, final de ano e o que você fez?
Onde foram parar suas promessas? O entusiasmo avassalador do dia 31 de dezembro passado?
A lista de desejos é suprimida pelo dia a dia, pelo tempo que passa e você não vê. Pelo seu descaso.
A vontade é sufocada pelos vícios mundanos e soterrada pela sua rendição as vontades menores e menos urgentes.
Pela sua falta de inoperância. E cai na ilusória tentação, do ano que vem a gente tenta de novo.
Ano que vem vai ser melhor. Ano que vem a astrologia ajuda. Ano que vem a crise passa.
Não se torne vítima de si mesmo, nem jogue tudo para baixo do tapete, nem credite ao mundo suas frustrações e falta de ação.
Ano que vem pode não chegar, amanhã? O amanhã não é uma certeza, mas uma promessa de acontecimento.
A única certeza que temos é a do passado. De ter passado o tempo. Não se prenda a um relógio na parede, nem se deixe levar pela apatia inerente a falta ambição.
A falta de vontade, a falta de desejo, a falta de comprometimento e as constantes ausências, acabam por separar você dos seus sonhos.
Acabam por atestar sua solteirice e falta de comprometimento. Acabam por te isolar do mundo e te prendem a essa ilha chamada ilusão.
A vida não te leva, nem carrega. A vida te cobra. Cobra teus feitos. Teus precatórios. Tuas promissórias. Por vezes cobra caro, em outras suaviza é branda.
Ano que vem? Ano que vem é outra história!