segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O verdadeiro amigo


O verdadeiro amigo

São nesses momentos de solidão, de ociosidade, que valorizo ainda mais os verdadeiros amigos. Aqueles reais e leias.
Não aqueles que te procuram apenas no sábado. Dia de balada. Mas sim, aqueles que te ligam diariamente.
Aqueles que te cumprimentam com qualquer humor. Aqueles que entendem a tua sobriedade
E vivem teus porres e ressacas.
Aqueles que são cúmplices de tuas contravenções sentimentais. Aqueles que pagam suas fianças interiores e te libertam da culpa acerca do passado.
É nessa hora que formulo algumas rescisões amigáveis sem prévio aviso. Porque amigo, não exige atenção 24 h por dia, mas no mínimo que se cumpra as 44 h semanais de amizade.
Amigo é aquele que te oferece as palavras como conforto. Aquele que te abraça, quando das tuas fragilidades.
Amigo é aquele que te cobre, naqueles dias de chuva e desfruta dos teus sorrisos e alegrias, quando das mesmas.
Amigo é aquele que te olha nos olhos e pergunta: Está tudo bem? E não, aquele que apenas corrobora com teus silêncios e aceita passivamente tuas fugas.
Á solidão é o preço que se paga por se nascer em um período de virtualidade. Em que um emoticon substitui um abraço, um olhar, uma palavra.
A solidão é um bom preço a se pagar por desejarmos viver nossas liberdades superficiais. Longe do calor humano.
A solidão é esse tapa buracos chamado amigo virtual, que te ouve calado, te da respostas exatas, sem que haja direito a interpelação, ou acareação entre ambos.
Amigo não é utopia. A amizade exige companhia. Assistência. Amigo é aquele que faz horas extras, sem te cobrar a mais por isso.
Ser amigo é ser presente, mesmo distante. É ser mais que uma foto em um perfil, mais que um texto quentinho e prontinho.
Ser amigo é viver de improvisos. É errar, na ânsia de acertar. É aceitar o outro, mesmo com seus defeitos.
Porque a amizade independe de afinidades, gostos e preferencias!
Leandro M. Cortes