Nós os refugiados
Não sei de onde vem, nem que nome tem. Não sei que sonhos nutria. Apenas sei, que de fome não morre mais.
Não sei que águas o trazem, apenas sei, que repousa à beira-mar. E que desse sono não mais despertará.
Tantos sonhos naufragaram. Tantos sonhos se afogaram. Tantos sonhos e prantos mundo afora desaguaram num só coro naquela hora.
Perdeu-se não só a inocência virgem de um pequeno ser, de um anjo, mas o ínfimo de esperança no ser humano.
Balançou e tocou os sinos do descaso, do pré-conceito e rugiram os tambores, relembrando os tempos áureos das guerras.
Quanto vale uma vida? Quanto vale a liberdade? Quando vale um sonho? Quanto vale o desejo pela paz?
À quem diga: À mim, não me comove mais. Não. Não comove, porque foi na turquia, longe das nossas fronteiras.
Não comove, porque estamos ocupados demais vivendo nossas próprias tragédias. Não comove, porque nossas perdas e dores se tornaram crônicas.
Não comove, porque foi um menino sírio. Não comove porque não fala nossa língua, nosso idioma. Não comove, porque está não é uma luta nossa.
Nós os refugiados, cerceados pela violência diária é que necessitamos de resgate. Nós é que necessitamos ser salvos dioturnamente.
Nós os refugiados do outro lado do mundo é que necessitamos ser carregados nos braços. Nós que nos arriscamos nas bordas desse mar de intolerância.
Mas, peço-lhes agora, um minuto de silêncio. Apenas um minuto. Um minuto de reflexão. Um minuto antes do naufrágio da humanidade.
Não sei que águas o trazem, apenas sei, que repousa à beira-mar. E que desse sono não mais despertará.
Tantos sonhos naufragaram. Tantos sonhos se afogaram. Tantos sonhos e prantos mundo afora desaguaram num só coro naquela hora.
Perdeu-se não só a inocência virgem de um pequeno ser, de um anjo, mas o ínfimo de esperança no ser humano.
Balançou e tocou os sinos do descaso, do pré-conceito e rugiram os tambores, relembrando os tempos áureos das guerras.
Quanto vale uma vida? Quanto vale a liberdade? Quando vale um sonho? Quanto vale o desejo pela paz?
À quem diga: À mim, não me comove mais. Não. Não comove, porque foi na turquia, longe das nossas fronteiras.
Não comove, porque estamos ocupados demais vivendo nossas próprias tragédias. Não comove, porque nossas perdas e dores se tornaram crônicas.
Não comove, porque foi um menino sírio. Não comove porque não fala nossa língua, nosso idioma. Não comove, porque está não é uma luta nossa.
Nós os refugiados, cerceados pela violência diária é que necessitamos de resgate. Nós é que necessitamos ser salvos dioturnamente.
Nós os refugiados do outro lado do mundo é que necessitamos ser carregados nos braços. Nós que nos arriscamos nas bordas desse mar de intolerância.
Mas, peço-lhes agora, um minuto de silêncio. Apenas um minuto. Um minuto de reflexão. Um minuto antes do naufrágio da humanidade.
Leandro M. Cortes