segunda-feira, 30 de março de 2015

Toda mãe...


Toda mãe está de alguma forma certa, mesmo estando errada aos nossos olhos. Eis uma constatação, um fato!
Somente ela é capaz de sentir nossas angustias, abraçar nossos medos e tomar nossas dores para si.
Ela e somente ela é vidente, tem além do sexto sentido, talvez o sétimo, ou um GPS capaz de nos localizar interna e externamente.
Talvez você não lembre, mas eu me lembro, lembro muito bem, daqueles conselhos e ásperas palavras.
Dos inúmeros nãos. Não faça isso e seria o certo, seria se não fossem minhas insistentes manias em contrariá-la, em desdizer tudo.
Porque mãe é mãe! Alguém já dizia quando novo e depois de velho, velhos conselhos me perseguem.
Vigiam meus passos, como um anjo sem asas. Teria sido diferente se tivesse escutado e acatado suas sábias palavras, ou talvez não.
Não seria a solução para minhas equações, problemas e dilemas, mas teria feito uma grande diferença, aliás, tem feito!
Ela fala sem parar, bate mesmo palavreando, xinga, grita cobra, reclama tudo demais, mas me ama demais e eu também (Eu amo minha mãe).
Mesmo com suas imperfeições, suas piadas em hora imprópria, colocações pouco convencionais deixas fatais.
“Porque no meu tempo”! Se fossemos conjugar os tempos passados, não sei, sinceramente não sei, quando chegaríamos ao presente e se existiria futuro.
Porque o sonho de toda mãe é ter seu pupilo por perto, mesmo desejando que crie asas, mesmo fechando a porta, ela sempre nos da à chave, seu coração.
Porque mãe é mãe! Mãe é furacão, vento, ventania que logo vira brisa leve, uma doçura, o nosso doce.
Somente ela é capaz de nos amar incondicionalmente, independentemente de nossas escolhas.
Porque mãe é mãe!

Leandro M. Cortes