Bagunça interior
Dizem que a bagunça da casa reflete a desordem interior. Começo a concordar com tal afirmação.
Não sei. Sinceramente não sei, em que gaveta coloquei meus pensamentos. Em que porta se escondem minha emoções.
Em que céu nublado se precipitam minhas lágrimas e em que porta batem minhas carências mendigando pequenas porções de amor.
Não sei em que pupilas se agasalham meus olhos, em que realidade se perdem meus sonhos e nem onde se refugiam meus abraços.
Enquanto discorro por entrelinhas observo no retrovisor a cama desalinhada, cheia de rugas e dobras e morros e cerros.
E me perco entre a ilusão e a quase solidão, sendo afagado e amparado pelo abraço dos cobertores térmicos que me aquecem em uma noite qualquer de inverno.
Sobre a escrivaninha alguns rascunhos perdidos da noite anterior e entre livros amontoados, uma centena de histórias empoeiradas.
Talvez a casa seja o espelho que reflete a minha, a sua desorganização entre paredes, no interior, no fundo, no coração.
Por vezes se faz necessário desapegar daquele velho sapato, daquela toalha, daquelas lembranças quase cronicas.
Dores invisíveis que acometem o corpo e alma. Um conselho! Pratique o desapego. Dói. Eu sei que dói, mas dói mais fingir uma quase segurança de outro mundo.
Às vezes é preciso jogar fora tudo que não nos serve mais. Histórias, quase amores, paixões, ilusões e recordações.
Aquelas velhas fotos que nos tornam escravos e reféns de nossas próprias memórias. A saudade é sadia, mas a possessão é doentia.
Ceda liberdade ao que abarrota o corpo e sufoca a alma. Doe parte de suas tralhas e heranças. Divida seus bens e reorganize os móveis.
Livre-se das velhas expectativas e se agasalhe com um mínimo de esperança interior. Permita-se sair do comodismo.
Dessa preguiça mental desarranjada e desorganizada. A casa se transforma quando o interior muda.
E tudo começa com uma boa faxina interior!
Não sei. Sinceramente não sei, em que gaveta coloquei meus pensamentos. Em que porta se escondem minha emoções.
Em que céu nublado se precipitam minhas lágrimas e em que porta batem minhas carências mendigando pequenas porções de amor.
Não sei em que pupilas se agasalham meus olhos, em que realidade se perdem meus sonhos e nem onde se refugiam meus abraços.
Enquanto discorro por entrelinhas observo no retrovisor a cama desalinhada, cheia de rugas e dobras e morros e cerros.
E me perco entre a ilusão e a quase solidão, sendo afagado e amparado pelo abraço dos cobertores térmicos que me aquecem em uma noite qualquer de inverno.
Sobre a escrivaninha alguns rascunhos perdidos da noite anterior e entre livros amontoados, uma centena de histórias empoeiradas.
Talvez a casa seja o espelho que reflete a minha, a sua desorganização entre paredes, no interior, no fundo, no coração.
Por vezes se faz necessário desapegar daquele velho sapato, daquela toalha, daquelas lembranças quase cronicas.
Dores invisíveis que acometem o corpo e alma. Um conselho! Pratique o desapego. Dói. Eu sei que dói, mas dói mais fingir uma quase segurança de outro mundo.
Às vezes é preciso jogar fora tudo que não nos serve mais. Histórias, quase amores, paixões, ilusões e recordações.
Aquelas velhas fotos que nos tornam escravos e reféns de nossas próprias memórias. A saudade é sadia, mas a possessão é doentia.
Ceda liberdade ao que abarrota o corpo e sufoca a alma. Doe parte de suas tralhas e heranças. Divida seus bens e reorganize os móveis.
Livre-se das velhas expectativas e se agasalhe com um mínimo de esperança interior. Permita-se sair do comodismo.
Dessa preguiça mental desarranjada e desorganizada. A casa se transforma quando o interior muda.
E tudo começa com uma boa faxina interior!
Leandro M. Cortes