quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Entre silêncios


Entre silêncios

Sempre gostei mais dos sons da natureza. Da genuinidade do momento. Da autenticidade aflorando.
O barulho dos trovões embravecidos, o som da chuva encharcando meus pensamentos, a nudez  dos olhos celestes entreabertos.
É como um mergulho dentro de si. É como lavar alma, deixar escorrer as impurezas entranhadas no interior.
Sempre gostei mais cantarolar dos pássaros ao amanhecer repousando sobre a fechadura da porta cantarolando ao alvorecer.
É uma doce sinfonia orquestrada e regida com maestria por esse pequenos seres com asas de anjos.
Sempre gostei mais do amor existente nas pessoas, no interior, onde reside a essência nua e crua, despida de segundas intenções.
Porque pessoas passam, mas o amor, esse permanece com toda força, no interior, no fundo, no coração.
Sempre gostei mais do silêncio, do encontro entre solidões. Do encontro entre almas desnudas de aparências e enfeites.
Porque datas e festas e comemorações passam. Mas, o que se vive entre rotinas que se suscedem, esse permanece com toda força e intensidade.

Leandro M. Cortes