Na amizade também há amor
Um amigo do coração é um segundo
amante. É a certeza da existência do amor e que se ama uma, duas, três vezes na vida.
Ter um amigo é viver um eterno
namoro, é selar esse compromisso com o anel da amizade, sem essas tais
formalidades.
É viver em lua de mel, mas amizades
vivem seus altos e baixos também. Amigos discutem, brigam, separam e voltam.
Amigos lavam roupa suja, os
pratos, colocam pontos nos is e vírgulas em lugares errados, na certeza da
reconciliação.
Amigos dividem seus sonhos, suas
carências, mágoas, saudades e amores. Ser amigo é viver uma paixão, um quase
amor.
Amigos é aquele que atura tuas
neuras, TPMs, tuas inconstâncias e constantes fugas. É aquele que te cura
depois de mais um porre.
É aquele vive tuas ressacas,
distrações, choros, impulsos, vontades desmedidas e supri tua necessidade mais
básica: Ser o amigo de todas as horas.
Ser amigo é viver tuas
intimidades sem segundas intenções. É
viver tuas incompreensões sem questionamentos.
É amparar tuas saudades,
lembranças e memórias nuas. É dar colo, calor, amor e viver essa gostosa
cumplicidade.
Ser amigo é reler e reler-te
interiormente, sem contar ao mundo seus segredos. É viver tuas fragilidades sem
leviandade.
É viver as margens da rotina, da
monotonia, da morbidez das relações. É uma quase relação, mas que vive suas
liberdades.
Amizades duram bem mais que um
encontro, uma noite. Ter um amigo é ter a certeza da volta. A certeza do
reencontro entre melhores amigos.
Leandro M. Cortes
Leandro M. Cortes