quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Na amizade também há amor



Na amizade também há amor

Um amigo do coração é um segundo amante. É a certeza da existência do amor e que se ama uma, duas, três vezes na vida.
Ter um amigo é viver um eterno namoro, é selar esse compromisso com o anel da amizade, sem essas tais formalidades.
É viver em lua de mel, mas amizades vivem seus altos e baixos também. Amigos discutem, brigam, separam e voltam.
Amigos lavam roupa suja, os pratos, colocam pontos nos is e vírgulas em lugares errados, na certeza da reconciliação.
Amigos dividem seus sonhos, suas carências, mágoas, saudades e amores. Ser amigo é viver uma paixão, um quase amor.
Amigos é aquele que atura tuas neuras, TPMs, tuas inconstâncias e constantes fugas. É aquele que te cura depois de mais um porre.
É aquele vive tuas ressacas, distrações, choros, impulsos, vontades desmedidas e supri tua necessidade mais básica: Ser o amigo de todas as horas.
Ser amigo é viver tuas intimidades sem segundas intenções.  É viver tuas incompreensões sem questionamentos.
É amparar tuas saudades, lembranças e memórias nuas. É dar colo, calor, amor e viver essa gostosa cumplicidade.
Ser amigo é reler e reler-te interiormente, sem contar ao mundo seus segredos. É viver tuas fragilidades sem leviandade.
É viver as margens da rotina, da monotonia, da morbidez das relações. É uma quase relação, mas que vive suas liberdades.
Amizades duram bem mais que um encontro, uma noite. Ter um amigo é ter a certeza da volta. A certeza do reencontro entre melhores amigos.

Leandro M. Cortes