quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dores existenciais


Dores existenciais

Todos os dias nos deparamos com pessoas se suicidando com palavras, morrendo lentamente com suas dores existências.
Dores pré-existentes, dores hereditárias, dores furtadas, dores compartilhas, dores cultivadas a sete chaves.
Pessoas que tem o privilégio de ver o sol nascer e se pôr, que podem pegar um ônibus e voltar para casa.
Que tem um amor, família, um bom emprego, um bom salário, um bom plano de carreira, uma boa vida, mas que são infelizes.
Pessoas que se exilam em suas dores solitárias, crônicas e que se matam em vida com suas decepções e frustrações.
Frustração, porque perderam um amor. Decepção, porque ficaram órfãos daquele sentimento. Frustração, pelas expectativas não alcançadas. Decepção, pela morte física (separação) e emocional.
São dores tratáveis, dores da alma, dores que se instalam interiormente e domam corpo e alma.
Pessoas que hospedam a tristeza e mais tarde sofrem para librar-se e despedir-se da depressão. Depressão é caso sério. Para isso existe terapia.
Mas para essas dores menos letais, existe um pouco mais de fé. Um pouco mais de bom humor. Um pouco mais de ânimo, entusiasmo e vontade de viver.
E aqueles que não podem dar um abraço, nem andar, caminhar, nem falar, nem ouvir, nem dirigir suas próprias vidas. Já passou para pensar?
São paraplégicos, tetraplégicos, outros não dispõe de um braço, ou uma perna, mas que tem gana, ânsia de viver.
São triatletas, maratonistas da vida, campeões em tudo que se propõe a fazer. Não se culpam, nem se vitimizam diante da vida.
São pessoas que refutam refutam suas dores e rejeitam suas limitações. Pessoas que dominam suas dores e fazem delas o degrau para suas vitórias diárias.
Deixe de martelar suas dores e se auto-mutilar emocionalmente. gerencie, trate e cicatrize suas feridas internas e se permita dar alta.
Permita-se cativar e cultivar seus pequenos amores e minúsculas alegrias em suas repartições internas, sem sepultar sua autoestima.
O mundo aqui fora é tão mais saudável e respirável, longe de tudo que nos sufoca e aprisiona a alma.
Leandro M. Cortes