terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Sumi para algum lugar dentro de mim,



Mergulhei fundo nesse poço de sentimentos cortantes e me perdi na saudade que sinto de você.
Não preciso de você, mas ainda te quero tanto, tanto e isso dói, isso machuca, isso rasga a alma da gente, sabe moço.
Sofro calada, presa a você. Eu sei, você se foi, mas deixa eu viver, fingir mais um pouquinho que você é meu e eu sou sua para sempre. Daqui a pouco eu acordo, eu cresço me olho no espelho e amadureço.
Você tem passado por mim, eu por você. Eu te olho num vacilo teu, você me olha num descuido meu e eu torno a te olhar mais uma vez só para ter certeza
De que você ainda não me esqueceu. E nossos amores se amam na quietude, nos silêncios, nas escapadas dos nossos olhares,
Em todos os cantos, ruas e becos, bares e festas. Vontade de te dizer: Toma, meu coração é teu!
Você com seu cheiro de homem certinho forte e doce, apaixonado com esse seu coração safado.
Eu com a minha doçura, ternura, mas com a mente suja, torcendo para que você me olhe e pegue, tome e dome, vire do avesso
A alma, o corpo. O amor é uma doença e você a minha cura, que seja momentânea, passageira, preciso tanto de você agora, aqui e se o preço a se pagar por ser feliz
For á desilusão, eu pago. Não há nada mais covarde do que usar e abusar de um coração apaixonado e nem ao menos voltar para pagar a conta da noite anterior.
Mas dar de vez em quando é bom e receber em outras também é bom. Dar alivia as tensões, preenche momentaneamente o vazio da gente,
E tudo volta ao normal, amanhã. Dar sem compromisso, dar sem falsas promessas, dar porque uma hora a gente vai ter que dar,
Eu quero dar, dar com prazer, com vontade, com jeito, com carinho, agarradinho, encaixadinho, mas com amor, entende?

Como é que se ama sem amor, moço?

Leandro M. Cortes